Este não é o resumo de um livro. 😮
Não, não, não, não, nananinanão. Por mais que seja a junção de 12 “livros” que compõem essa obra, o título original é "ΤΩN EIΣ EAYTON” ([Reflexões] para si mesmo). Com isso, é notável que ela não foi redigida com o intuito de vir a público ou sequer comercializada.
O que você está prestes a ler, é o diário pessoal de um dos maiores imperadores do Império Romano. Quero pontuar que ele não foi um filósofo. Marco foi um estoico, mas não pode-se dizer que foi um filósofo (no sentido de profissão), pois ele não dedicou sua vida a filosofia, somente se devorou aos estudos sobre filosofia e os aplicou.
Quem foi “Marco Aurélio“?
Marcus Aurelius Antoninus - nos limitando ao seu nome adotivo - nasceu em 121 d.C., em 26 de abril, em Roma. Toda sua educação foi obtida de professores particulares, nunca tendo frequentado a escola pública.
Conheceu muito pouco o seu pai, pois o mesmo morreu quando Marco Aurélio era jovem, mas ainda adolescente foi adotado pelo (então) atual imperador: Antonino Pio. Em 161 d.C., Antonino falece (considerado por muitos historiadores o mais digno de todos os imperadores), deixando o trono à Marco Aurélio, que assume o cargo de imperador aos 40 anos.
Foi imperador romano durante 19 anos e passou à História como um governante culto dedicado à filosofia. Assumiu o trono em um período de extrema instabilidade militar, sendo bem-sucedido na proteção das fronteiras contra os partas e os germanos. Faleceu em uma expedição militar, e os historiadores consideram a sua morte o início do declínio do Império Romano.
Here we go…
INTRODUÇÃO
Seguindo o formato dos nossos outros dois resumos sobre obras estoicas, aqui irei examinar algumas das passagens mais famosas e marcantes de “Meditações”.
Se você ainda não leu, recomendo que leia os resumos que citei: “Sobre a Brevidade da Vida” de Sêneca e “Manual” de Epicteto. Em ambos, explico conceitos do estoicismo que se farão presentes em algumas passagens da obra de hoje. 😉
Em especial, leia o de Epicteto, pois seus ensinamentos exerceram forte influência no comportamento e no caráter do imperador, pelo contato do mesmo com vários escritos de palestras do filósofo grego. Não é segredo que Marco estudou bastante as escolas filosóficas, sendo o estoicismo a filosofia que mais o marcou e influenciou.
Algumas observações 🧐
Para uma melhor compreensão das passagens, você deve entender a visão de Marco sobre a filosofia. Segundo o imperador, ela se reduz as “ciências práticas” (classificação aristotélica), em especial a ética, a política e a retórica. Destas se destaca a ética, pois a prática das virtudes é o fundamento da existência de todo e qualquer indivíduo.
Com isso, o estoicismo constitui uma forma de filosofia de pragmatismo, ação; em que não há espaço nem motivo para nos ocuparmos das ciências teóricas ou especulativa, no dizer de Aristóteles, como a metafísica.
Interessante notar que o estoico não reconhece Deus como poder supremo, absoluto, transcendente. O universo, o Todo imanente é “Deus”, e os deuses da religião politeísta romana eram suas representações a partir de artes sob a forma humana. Para Marco, a religião do indivíduo deve ser a religião do Estado. 🛐
Obs: Gostaria de parabenizar e agradecer a Edipro e ao tradutor Edson Bini. Que edição fantástica e que introdução sublime. 👏
Sem mais delongas…
Meditações
I. Mantenha o estilo original
“De Rusticus […] aprendi a ler com precisão, a não aceitar tudo superficialmente nem me apressar em dar assentimento.”
O primeiro livro que compõe a obra é um extenso exercício de gratidão, onde Marcus agradece pelos ensinamentos e reconhece as principais influências em sua vida. 🙏
Obviamente, o imperador expressa como seu professor o ensinou a não ler somente as “manchetes”, mas sim a se aprofundar - de fato - no assunto. Nos tempos modernos, é notável que muitas pessoas estudam muito pouco sobre determinado assunto e já se consideram especialistas. Esse comportamento possui um nome:
O efeito Dunning-Kruger
É um fenômeno que leva indivíduos que possuem pouco conhecimento sobre um assunto a acreditarem saber mais que outros mais bem preparados, fazendo com que tomem decisões erradas e cheguem a resultados indevidos; é a sua incompetência que restringe sua capacidade de reconhecer os próprios erros.
E Rei Salomão complementa nos Provérbios: “O tolo considera-se mais sábio do que sete homens que respondem com bom senso”. Logo, uma primeira lição dessa passagem é que devemos ter humildade intelectual, é preciso reconhecer que o que sabemos é uma gota, e o que ignoramos é um oceano. 💧
Cuidado ⚠
Além disso, podemos extrapolar o raciocínio de Marcus, e de forma análoga, ao assimilar a célebre frase de São Tomás de Aquino: Timeo hominem unius libri. (Temo o homem de um livro só).
“Mas qual o problema de você ler profundamente um livro só?”. Excelente pergunta, jovem Padawan.
Depende da perspectiva. Essa pessoa já leu outros livros de maneira aprofundada? Ou ela se limitou a essa obra (ou autor) e não buscou outras fontes que abordam o mesmo assunto? E se leu outros livros, ela leu opiniões divergentes ou somente obras compatíveis com a visão dela? 🤔
A leitura que Marcus aprendeu e propõe é que é necessário estudar de forma profunda e crítica. Esse é o tipo de leitura, e estudo profundos, que precisamos cultivar também.
E, uma última reflexão: “Estude os mestres, mas guarde o estilo original que bate dentro da sua alma” - El Graco. Essa fica pra você, rs.
II. A essência do estoicismo
“Você só precisa disso: certeza de julgamento no momento presente; ação para o bem comum no momento presente; e uma atitude de gratidão no momento presente por tudo que surgir em seu caminho.”
Percepção, ação, vontade. Essas são as 3 principais disciplinas do estoicismo. Note que as ações estão no “momento presente”, ou seja, é um convite a você se lembrar que o passado é referência e o futuro é direção. Como diz Racionais: Não espere o futuro mudar sua vida; Porque o futuro será a consequência do presente.
E essa passagem, mostra outra postura filosófica de Marco Aurélio: a prática das virtudes, em especial a resignação diante de todos os fatos e acontecimentos, o acatamento do que é determinado pela Providência e pela natureza, a impassibilidade e indiferença quanto às coisas mundanas (prazeres, dores, riqueza, glória, poder, honrarias etc.) e a benevolência para com todos.
III. Se prepara…
“Acolhe a alvorada já dizendo, antecipadamente, para ti mesmo: vou topar com o indiscreto, com o ingrato, com o insolente. Todas essas qualidades negativas lhe ocorrem por conta de sua ignorância do bem e do mal. Por ter compreendido a beleza do bem e a feiura do mal, sei que esses malfeitores ainda são parecidos comigo [...] não me é possível ser prejudicado por nenhum deles; […] não sou capaz de enraivecer contra meu semelhante nem de odiá-lo, pois nascemos para a cooperação.”
Nessa passagem, é nítido um principais ensinamentos da filosofia de Marco Aurélio: em todas as ações virtuosas, devemos ter em vista sempre o interesse da comunidade e não o individual; o indivíduo existe enquanto membro da comunidade e não isoladamente.
Portanto, para que seja possível convivermos em sociedade, é necessário que estejamos prontos para lidar com todos os tipos de pessoas, incluindo alguém que parece um idiota (de certa forma, não somos todos idiotas?). A questão é: você vai estar pronto para isso? 🙄
O objetivo dessa preparação não é descartar todos antecipadamente. É que, talvez, porque você se preparou para isso, você será capaz de agir com paciência, perdão e compreensão.
IV. Memento Mori
Lembram dele? 💀
“Considerando que é possível que tu deixares esta vida a qualquer momento, administra cada ato, palavra e pensamento em consonância com isso”.
Essa máxima estoica já apareceu aqui na easybooks, rs. Clique aqui.
Memento Mori vem do latim e significa “lembre-se da morte” ou “lembre-se de que é mortal”. É um exercício para que você se recorde da fragilidade da vida e da sua mortalidade. (Algo que os jovens adoram esquecer ao gritar “só se vive uma vez”… Você sabe o que vem depois.) 🍺
Analisando a passagem em questão, é nítida a influência desse conceito. Claro, estamos a mercê da sorte, do caos e do acaso. A qualquer momento, algo pode acontecer e mudar drasticamente o rumo de nossas vidas. O que os estoicos querem transmitir é que devemos viver uma vida virtuosa agora.
Memento Mori é um lembrete para não ficarmos obcecados com trivialidades, buscarmos constantemente a fama, ganhar mais dinheiro do que poderíamos gastar ou fazer planos em um futuro distante. Todos esses são negados pela morte. É hora de parar de fingir o contrário.
Todos nós vamos para o mesmo local: a morte. Logo, não se permita cegar por um grande sucesso ou derrotado por um grande fracasso. Ambos os acontecimentos fazem parte da vida e não são tão importantes assim, pois eles são temporários. Afinal, no fim todos vamos morrer. (Ok, soou muito cínico… Você entendeu 🙂)
Em outra passagem, Marcus diz:
“Quando morrem, a perda é igual para pessoas que viveram o máximo de tempo e para aquelas que viveram o mínimo. Com efeito, o presente é tudo de que se pode ser privado: afinal, tudo o que se tem é o presente, e a perda daquilo que não se possui não é possível.”
V. Domine suas emoções
“Enquadre seus pensamentos assim - você é uma pessoa idosa, você não vai mais se deixar escravizar por isso, não será mais puxado como uma marionete por cada impulso, e você vai parar de reclamar de sua fortuna atual ou temer o futuro.”
Ficamos ressentidos com a pessoa que chega e tenta mandar em nós. Não me diga como me vestir, como pensar, como fazer meu trabalho, como viver. Isso ocorre porque somos pessoas independentes e autossuficientes. Ou pelo menos é o que dizemos a nós mesmos.
No entanto, se alguém diz algo com o qual discordamos, algo dentro de nós nos diz que temos que discutir com ele. Se houver um prato de biscoitos na nossa frente, temos que comê-los. Se alguém faz algo de que não gostamos, temos que ficar bravos com isso. Quando algo ruim acontece, devemos ficar tristes, deprimidos ou preocupados. 😟
Mas se algo bom acontecer alguns minutos depois, de repente ficamos felizes, animados e queremos mais. Jamais permitiríamos que outra pessoa nos sacudisse da maneira como permitimos que nossos impulsos o fazem.
É hora de começarmos a ver dessa forma - que não somos fantoches que podem dançar desta ou daquela maneira apenas porque temos vontade. Devemos ser nós que controlamos, não nossas emoções, porque somos pessoas independentes e autossuficientes.
VI. Sua faculdade condutora
“Não gastes o resto de tua vida com ideias que dizem respeito aos outros a não ser que tenham relação com o interesse comum, pois, com isso, certamente te privas de alguma outra ocupação que por ti é negligenciada ao te entreteres com ideias e ações alheias, […] isso leva uma pessoa a fugir da observação e da atenção que deve dedicar à sua faculdade condutora.”
Um dos grandes conceitos do estoicismo é a “faculdade condutora”. Hoje, ela é mais conhecida como “razão”. O estoicismo é famoso por ser uma escola filosófica que prega um forte culto a razão, pois ela é a parte primordial de qualquer Ser. 🧠
É evidente que essa anotação critica as fofocas, escândalos de imprensa e notícias. É lógico! Se você consome informações pouco relevantes, sua mente irá vagar sobre informações que não são importantes, tempo esse que poderia estar sendo gasto com situações e eventos que, de fato, importam.
“Observa, portanto, no encadeamento de tuas ideias, o cuidado no sentido de evitar aquilo que é arriscado e vão, principalmente o que é supérfluo e pernicioso; habitua-te a pensar somente naquilo que, se alguém te perguntar de repente o que estás pensando, possa responder com total franqueza e de imediato.”
O final desse trecho se assemelha à uma célebre frase de Kant, quando o filósofo diz: “Tudo que não puder contar como o fez, não faça!”.
VII. Sympatheia
“Medita frequentemente sobre a união de todas as coisas no mundo e sobre sua relação mútua. Todas as coisas são tecidas mutuamente e, com efeito, têm afinidade umas com as outras; e a consequência é estar uma encadeada à outra; isso ocorre por causa da tensão de movimento, o sopro comum [sopro vital] e a unidade de toda a substância. ”
Essa talvez seja ideia mais radical de todo o estoicismo. Sympatheia é a crença na interdependência mútua entre tudo no universo, que somos todos um. Em Meditações, Marcus se refere ao bem comum mais de 80 vezes, identificando-se não apenas como um cidadão de Roma, mas do Mundo. 🌎 (Sim, a Terra é esférica!)
Marcus sabia que lembrar a si mesmo das limitações de sua perspectiva individual o ajudaria a ser uma pessoa melhor e um líder melhor. Adotar a "visão de cima", como ele a denominou, desafiaria seus preconceitos no nível do solo e o ajudaria a ver o mundo ao seu redor com mais precisão, justiça e empatia.
Isso é algo que todos nós podemos fazer. É um convite para darmos um passo para trás, diminuir o zoom e ver a vida de um ponto de vista mais elevado do que o nosso.
Essa postura de sympatheia muda nossos julgamentos de valor, enfraquece o poder que o luxo e a tentação têm sobre nós, reduz as diferenças aparentemente intransponíveis entre pessoas e raças e transforma as preocupações da vida diária de ataques de ansiedade em absurdos.
Break: aquela pausa na metade do resumo. Dá uma volta e pega mais uma xícara de café (puro é óbvio, rs). ☕
VIII. Seu porto seguro
“As pessoas procuram refúgios para si mesmas no campo, à beira-mar ou nas montanhas. Você tem o hábito de ansiar pelas mesmas coisas. Mas essa é inteiramente a característica de uma pessoa vil, quando você pode, a qualquer momento, encontrar esse refúgio em si mesmo.”
Você tem férias chegando? Você está ansioso pelo fim de semana para ter um pouco de paz e sossego? (O réveillon vai ser aonde menzinho? Búzios, Trancoso… Qual o esquema?) Talvez, você pensa, depois que as coisas se acalmarem ou depois que eu acabar com isso. Mas quantas vezes isso realmente funcionou? 😴
“Onde quer que você vá, aí está você”. Podemos encontrar um retiro a qualquer momento, olhando para dentro. Podemos sentar com os olhos fechados e sentir nossa respiração entrar e sair. Podemos desligar a tecnologia ou desligar esses pensamentos desenfreados em nossa cabeça. Isso nos dará paz. Nada mais.
“Pois em nenhum lugar você pode encontrar um retiro mais pacífico e menos agitado do que em sua própria alma - especialmente se, em uma inspeção mais próxima, ele estiver repleto de facilidade, o que eu digo não é nada mais do que ser bem organizado. Presenteie-se frequentemente com este retiro e renove-se.”
IX. Não aponte o dedo
“Não se trata mais, em absoluto, da discussão em torno do que deve ser o homem bom, mas sim de ser o homem bom.”
Aqui, trago o discurso de Theodore Roosevelt de 23 de abril de 1910. Mais especificamente, sua fala sobre “o homem na arena” (em tradução direta). Nesta parte do discurso - clique aqui - Roosevelt faz uma crítica aqueles que somente apontam os dedos e querem opinar sobre tudo e todos. 👈👉
Ao invés de assumir essa postura mesquinha, ao invés de apontar como algo deve ser feito, sobre isso ou aquilo, pare e assuma a sua responsabilidade. Ao invés de querer criticar a tudo e a todos, critique a si mesmo. Como diz a regra 6 de Jordan Peterson: “Deixe sua casa em perfeita ordem antes de criticar o mundo.”
X. A vida é desafio
“A arte de viver assemelha-se mais à arte da luta do que à arte da dança, se considerarmos a necessidade de estar alerta, não dar passos em falso e cair e, simultaneamente, evitar ser atingido aparando os golpes imprevistos.”
Eu adoro essa passagem. Essa é uma excelente metáfora sobre a vida (interessante observar que os gregos e romanos adoravam usar os esportes olímpicos como metáforas).
Para um combate o atleta deve se preparar, se dedicar verdadeiramente, para então subir no ringue e lutar. Independente do resultado, ele vai voltar a treinar, pois sempre poderá fazer mais e melhor, e além disso, sempre terão pessoas querendo tomar o seu lugar.
Isso também se aplica a nós, por mais que você esteja em um cargo de elite ou em uma posição de respeito, é importante que não esqueça o que o fez chegar até ali não vai te levar para o próximo nível.
XI. O Obstáculo é o caminho
“O impedimento para a ação promove a ação. O que fica no caminho torna-se o caminho.”
O mundo está constantemente nos testando. Decidimos fazer algo e é mais difícil do que esperamos. Enfrentamos resistência. Somos criticados. Ficamos sem opções. Sentimos dificuldades técnicas. O que faremos? 😮
O estoico encontra uma maneira de transformar todo negativo em positivo. A mensagem é que não importa o quão ruim ou aparentemente indesejável uma situação se torne, sempre temos a oportunidade de praticar a virtude, de usar a situação como uma oportunidade de ser o nosso melhor.
Não controlamos quando as coisas ficam difíceis, mas sempre controlamos como respondemos. As coisas que nos testam nos tornam quem somos. O estoico fica mais forte e melhor com cada obstáculo que enfrenta. Eles respondem a todos os desafios e, como resultado, prosperam. Você também pode.
XII. Créditos? Para quê?
“Quando você fez bem e outra pessoa se beneficiou disso, por que, como um tolo, você procura uma terceira coisa em cima - crédito pela boa ação ou um favor em troca?”
A resposta para a pergunta "Por que você fez a coisa certa?" deve ser sempre "Porque era a coisa certa a fazer". Afinal, quando você vê outra pessoa fazer isso - especialmente quando ela pode ter passado por alguma dificuldade como consequência de fazer a coisa certa - você não pensa: Pronto, esse ser humano é o que há de melhor?
Então, por que diabos você precisa de gratidão ou reconhecimento por ter feito a coisa certa? É o seu trabalho.
XIII. A mente só depende de você
“Você é formado por três partes - corpo, respiração e mente. Destes, os dois primeiros são seus, na medida em que estão apenas sob seus cuidados. O terceiro é verdadeiramente seu.”
O seu corpo pode ficar doente, você pode se ferir ou ficar incapacitado em um acidente repentino. Pode ser preso ou submetido a tortura. A respiração pode cessar repentinamente porque nossa hora chegou ou porque alguém a tirou de nós. A respiração pode ficar difícil por causa do esforço ou da doença também. Mas até o fim, nossa mente é nossa. 🧠
Não é que as outras duas partes da vida que Marcus menciona - nosso corpo e nossa respiração - não importem. Eles são menos “nossos” do que nossa mente. Você não gastaria muito tempo consertando uma casa que aluga, não é? Nossa mente é nossa - livre e clara. Vamos nos certificar de que tratamos bem.
XIV. As 4 virtudes do estoicismo
"Se, em algum momento de sua vida, você se deparar com algo melhor do que justiça, temperança, sabedoria, coragem - deve ser algo extraordinário, de fato."
Cada situação, cada momento é uma oportunidade para exemplificar essas formas de excelência humana. Não há desafio, nenhum problema tão grande que não exija coragem, temperança, justiça ou sabedoria.
Em um mundo onde tantas pessoas buscam objetivos vazios e seguem falsas promessas para conseguir o que desejam, estes 4 pilares são um lembrete perfeito de que você pode ter tudo o que quiser se apenas se esforçar para trilhar o caminho que conduz pela virtude.
XV. A opinião alheia importa mesmo?
“Estou constantemente surpreso com a facilidade com que amamos a nós mesmos acima de todos os outros, mas acreditamos mais nas opiniões dos outros do que em nossa própria avaliação de nós mesmos. Quanto crédito damos às opiniões que os outros têm de nós e quão pouco às nossas próprias!”
O quão podemos desconsiderar nossos próprios sentimentos sobre algo e adotar os de outra pessoa? Você colocou aquela camisa que você adora, mas é só o contatinho olhar torto para sua roupa, que você já deixa de gostar da sua camisa. 🤨
Podemos ser muito felizes com nossas próprias vidas - até descobrirmos que alguém de quem nem gostamos tem mais. Ou pior e lamentavelmente, não nos sentimos bem com nossas realizações ou talentos até que algum terceiro os valide.
Como a maioria dos exercícios estoicos, este tenta nos ensinar que embora controlemos nossas próprias opiniões, não controlamos o que as outras pessoas pensam - muito menos sobre nós. É aquela velha história de focar no que está subordinado a você.
Por isso, colocar-nos à mercê dessas opiniões e tentar obter a aprovação dos outros é um empreendimento perigoso. Não perca muito tempo pensando no que as outras pessoas pensam. Pense no que você pensa. Em vez disso, pense nos resultados, no impacto, se é a coisa certa a fazer.
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