Boa sorte no ENEM!
Você que vai fazer o ENEM, boa sorte! Não precisa de afobação, o que tinha que ser feito, já foi feito. Agora é buscar o que é teu. Vai que é sua!
A reflexão inicial de hoje é bem simples… Será que cabe uma frase de Marco Aurélio na redação do ENEM? 🤔
Seguimos!
INTRODUÇÃO
Para compreender o resumo de hoje, é fundamental que você tenha lido a 1ª parte que foi lançada semana passada. Caso não tenha lido, clique aqui.
Uma observação
Antes de começarmos, gostaria de comentar uma questão muito importante, que eu esqueci de comentar na 1ª parte. (oops 🙃).
O Dr. Jordan Peterson é o detentor da verdade universal? Não. Em momento algum ele diz que está inteiramente correto ou completo em sua linha de raciocínio.
“Ser é muito mais complicado do que qualquer um pode saber, e eu não tenho a história toda. Estou simplesmente oferecendo o melhor que posso.”
Ou seja, ele não detém a verdade do universo. Alguns pontos contemplados na obra são verdades fundamentais? Sim, como a questão da estrutura hierárquica que existe nas relações entre cada espécie. Dito isso, the show must go on.
Compare a si mesmo com quem você foi ontem, não com quem outra pessoa é hoje
REGRA 4
Que regra! 👌
A reflexão desse capítulo irá envol… Não. Vou deixar que você se surpreenda, pois esta é uma das minhas reflexões favoritas, rs. 😍
Você precisa melhorar
Você precisa se tornar uma melhor versão de si mesmo. A razão não é se tornar melhor que os outros. A verdadeira razão é que você ainda não é tudo o que você poderia ser. Antes, temos que discutir algumas coisas.
A comparação é injusta
À medida que envelhece, você se torna cada vez mais você. Na medida que envelhecemos, nos tornamos cada vez mais individualizados e únicos. As condições da nossa vida tornam-se cada vez mais pessoais, logo menos comparáveis.
Portanto, é injusto consigo comparar-se a um colega seu de trabalho. No jogo do trabalho, ele é melhor que você. Porém, a esposa dele está tendo um caso, enquanto o seu casamento é estável e feliz; quem está ganhando? 😬
A questão é que essa comparação é baseada somente em um aspecto da vida do outro, uma dimensão. Você não sabe o que se passa nos outros jogos da vida daquele influencer que você segue no Insta. 15 segundos não são 16 horas (considerando que ele tem 8 horas de sono). Foto não é fato.
O ideal é um juiz
Ele condena a quem não se encaixa nele. (“Ideal” e “padrão” representam a mesma ideia, ok? 😉).
“Os padrões de melhor ou pior não são ilusórios ou desnecessários. Se você não tivesse decidido que aquilo que está fazendo agora é melhor do que as outras alternativas, não o estaria fazendo. […] Os julgamentos de valor são uma precondição para a ação.”
O ato de ler este resumo é a melhor ação que você neste momento, pois julgou as opções e concluiu isso, caso contrário, não o estaria fazendo. Portanto, precisamos ter um ideal que desejamos alcançar.
Mas jornada não é tão simples assim, pois se esse ideal é grandioso, você pode se sentir amedrontado, ou até mesmo incapaz de alcançá-lo. E então, o que fazer? 🤔
Mude o foco
“Nossos olhos estão sempre focando as coisas nas quais estamos interessados em nos aproximar, investigar, procurar ou ter. Devemos ver, mas, para ver, devemos focar; assim, estamos sempre focando algo.” 🎯
A jornada começa em você mesmo. O primeiro passo para se tornar melhor é saber onde está. Claro, se você não sabe o que está quebrado, não sabe o que consertar - e você está quebrado. “E como eu descubro?”. Respondendo a pergunta fundamental.
Quem é você?
Você acha que sabe, mas talvez não saiba. Por exemplo, você não é nem seu próprio mestre nem seu próprio escravo. O que você ama, de verdade? O que você quer, genuinamente? Você tem uma natureza própria.
“Antes de poder articular seus próprios padrões de valor, você deve ver a si mesmo como um estranho — e, então, deve conhecer a si mesmo.”
O que você considera valoroso ou prazeroso? Você pergunta a si mesmo o que quer? Você negocia justamente consigo mesmo? Ou você é um tirano, tendo a si mesmo como escravo?
Determine sua obrigação moral consigo mesmo
O que precisa obter das pessoas? O que está tolerando ou fingindo gostar entre seus deveres e obrigações? 🤔
“Isso não é uma mera questão do que você deveria querer. Não estou falando do que as outras pessoas exigem de você, ou de seus deveres com elas.”
O ponto aqui é determinar a natureza de sua obrigação moral com você mesmo. Deveria pode fazer parte da equação, porque você está inserido em uma rede social de obrigações. Deveria é sua responsabilidade, e você a deveria cumprir. Mas não quer dizer que você deva assumir o papel de um cãozinho, obediente e inofensivo. 🐶
“Ouse ser perigoso. Ouse ser verdadeiro. Ouse articular a si mesmo e expressar (ou pelo menos estar ciente) o que realmente justificaria sua vida.”
Não superestime o seu autoconhecimento.
“O que você sabe sobre si mesmo? Você é, por um lado, a coisa mais complexa do universo inteiro e, por outro, alguém que não consegue nem mesmo ajustar o relógio do seu micro-ondas.”
Consulte seu ressentimento
É uma emoção reveladora, apesar de ser sombria. Ela pode te ajudar a se conhecer melhor, pois é necessário conhecer tanto seu lado bom tanto seu lado sombrio. E o ressentimento sempre significa uma entre duas coisas:
Ou a pessoa ressentida é imatura, e nesse caso deveria calar a boca, parar de se lamentar e seguir em frente, ou há uma tirania em progresso — e nesse caso a pessoa subjugada tem uma obrigação moral de não se calar. Isso porque… 🗣
“A consequência do silêncio é pior. Claro, é mais fácil no momento ficar quieto e evitar o conflito. Mas em longo prazo isso é mortal. Quando você tem algo a dizer, o segredo é uma mentira — e a tirania alimenta-se de mentiras.”
Reformando…
Imagine que sua mente é uma “casa psicológica” e que você precisa reformá-la. Pergunte a si mesmo: existe uma coisa que esteja em desarranjo em minha vida que eu poderia e arrumaria? Eu poderia e de fato consertaria essa coisa? Eu poderia fazer isso agora?
Escute. Não pense em nada. Pergunte e escute como alguém que realmente quer ajudar, de maneira genuína. Aceite a resposta que vier, pois é a verdade. Não a manipule. A verdade dói, mas saiba que você pode melhorar, pois essa resposta é pautada no passado e o futuro é como o passado.
O futuro é como o passado
A diferença é que o passado é fixo, mas o futuro pode ser melhor. E melhor em uma quantidade precisa (o ideal) - a que pode ser alcançada, talvez, um dia. O presente é eternamente falho, mas onde você começa pode não ser tão importante quanto a direção para onde está indo. 🛣
“Talvez a felicidade será sempre encontrada na jornada morro acima, e não na sensação passageira de satisfação aguardando no próximo pico.”
Sim, você vacilou (e muito) consigo mesmo no passado. Entretanto, o passado não existe mais. E agora que está nesse processo de autoconhecimento, você começa a ser capaz de articular seus próprios padrões de valor e então pode se permitir sonhar com um amanhã melhor. Porém, essa é só uma metade da história.
Como reformar?
Após avaliar sua casa psicológica, irá aparecer algo para ser arrumado, que você poderia arrumar, que você arrumaria. Como eu disse lá em cima, a grandiosidade do ideal pode esmagar você. E para evitar isso, é necessário dividir essa meta elevada em tarefas menores. 🧩
1°) Negocie consigo mesmo
E para agir, imagine que você seja alguém com quem deve negociar. Pergunte honestamente e com humildade. Não é fácil fazer isso. Talvez, você não confie em si mesmo, e você tem motivos para isso. 😲
Sendo assim, você precisará oferecer uma recompensa. Exemplo: “Talvez, se você lavar a louça, podemos sair para um café. Você gosta de expresso. Que tal um expresso — talvez um duplo? Ou quer alguma outra coisa?”
Um pouco de bondade e atenção nos levam longe, e a recompensa sensata é um fator poderoso de motivação. Então você vai e lava a porcaria da louça. E depois é melhor não ir fazer outra coisa e se esquecer do café, se não será ainda mais difícil negociar consigo mesmo.
2°) Comece focando baixo
“Foque em algo pequeno. Não é bom ter que arcar com coisas demais logo no começo, considerando seus talentos limitados, sua tendência a enganar, o fardo do seu ressentimento e sua capacidade de fugir da responsabilidade.”
Perceba algo que o incomoda, que o preocupa, que não o deixa ser, que se resolvido te deixará mais próximo do ideal. Você pode encontrar ao fazer a si mesmo três perguntas, genuinamente: “O que está me incomodando?”; “É algo que posso consertar?”; “Eu estaria de fato disposto a consertar isso?”.
Se descobrir que a resposta é “não” para qualquer uma das questões, busque em outro lugar. Procure até encontrar algo que o incomode, que você poderia consertar e que consertaria, e então conserte. Isso pode ser suficiente para o dia.
Você seria capaz de focar 1 ação por dia para um resultado melhor? Você seria capaz de comparar seu amanhã pessoal específico com seu ontem pessoal específico? Você seria capaz de usar o próprio julgamento e perguntar a si mesmo o que esse amanhã melhor pode ser? 🌄
Assim, você determina o seguinte objetivo: no fim do dia, quero que as coisas na minha vida estejam um pouquinho melhores do que estavam essa manhã. Depois, você negocia consigo mesmo e começa a agir.
“Então você faz o que decidiu fazer, mesmo que faça mal. Daí, você se dá a porcaria do café, em triunfo. Talvez, você se sinta meio tolo com isso, mas faça mesmo assim. E você repete isso amanhã, e depois, e depois. […] São juros compostos.”
Tudo o que você poderia ser…
Preste atenção. Concentre-se no dia para que você possa viver no presente e participar completa e corretamente do que está bem a sua frente. Faça isso, pois o tempo irá acumular o resultado de suas mudanças diárias. Depois de 3 anos, sua vida será inteiramente diferente. Agora, você está direcionando seu foco para algo mais alto. 🗻
“Logo você estará perguntando a si mesmo habitualmente: “O que eu poderia fazer, e faria, para tornar a Vida um pouco melhor?” Você não está ditando a si mesmo o que “melhor” deve ser.”
E então, você percebe que ao se tornar tudo o que você poderia ser não diz respeito somente a você. Diz respeito a todos que estão ao seu redor, seus familiares, amigos, estranhos e até mesmo inimigos.
Na medida 📏
Prestando atenção, você está descobrindo que as soluções para seus problemas particulares têm que ser ajustadas para você, pessoal e precisamente. Você está menos preocupado com as ações das outras pessoas porque tem muito o que fazer.
“Você não precisa mais ser invejoso, porque não sabe mais se outra pessoa realmente tem algo melhor. Você não precisa mais ficar frustrado, porque aprendeu a focar baixo e a ser paciente. Você está descobrindo quem você é e o que quer, e o que está disposto a fazer.”
E quem sabe para onde pode ir no futuro? Ser feliz ao realizar a jornada pode ser muito melhor do que chegar ao destino com sucesso.
Talvez, você tenha a chance de melhorar sua vida um pouco; muito; completamente - e com essa melhoria algum progresso será realizado no próprio Ser. Compare a si mesmo com quem você foi ontem, não com quem outra pessoa é hoje.
Não deixe que seus filhos façam algo que faça você deixar de gostar deles
REGRA 5
“Como assim? Eu sempre vou gostar de meus filhos!”. Não. Você não consegue gostar deles o tempo todo. E é importante destacar que essa regra não se aplica somente à filhos, rs. 😁
Que muleque insuportável
Eu preciso trazer o exemplo de uma criança insuportável? Se você nunca viu crianças se comportando assim, pense na sua infância. Melhor, pergunte aos seus parentes. Eles com certeza lembram de algum chilique que você deu por um brinquedo. 🪀
Um exemplo de ressentimento
“São as coisas que acontecem todos os dias que de fato compõem nossa vida, e o tempo gasto da mesma maneira, repetidamente, soma-se de forma alarmante.”
Ao longo do livro, Jordan traz alguns casos de sua prática clínica para explicar melhor alguns aspectos. Este é o caso aqui.
Certa vez, um de seus clientes o visitou para conversar sobre a dificuldade que tinha para fazer seu filho dormir à noite. Esse processo demorava cerca de 45 minutos.
Fazendo as contas: 7 dias na semana x 45 minutos = 300 minutos, ou 5 horas semanais. 5 horas semanais x 4 semanas (1 mês) = 20 horas mensais.
20 horas mensais x 12 meses = 240 horas por ano. 😴
Se consideramos uma jornada de trabalho semanal de 40 horas, o cliente do Dr. Peterson passava o equivalente a 1 mês e meio de trabalho por ano lutando com seu filho.
“Não importa quão boas sejam nossas intenções ou quão doce e tolerante seja seu temperamento, você não vai conseguir manter boas relações com alguém que tem que lutar durante o tempo de 1 mês e meio de trabalho por ano. O ressentimento vai aparecer inevitavelmente.”
Pais ou amigos?
Existe uma tendência a atribuirmos a culpa de um mau comportamento por parte da criança, aos pais dela. O problema desse instinto, é que os pais modernos ficam paralisados pelo medo de não serem mais amados pelos seus filhos se os castigarem. 😡
“Eles buscam, acima de tudo, a amizade dos filhos e estão dispostos a sacrificar o respeito para consegui-la.”
Isso é errado! Existem milhões de pessoas que podem se tornar amigas de uma criança, mas apenas 2 podem ser os pais (sim, há exceções raríssimas). Os amigos não podem corrigir um comportamento da mesma maneira que uma mãe. A raiva e ódio infantil é momentâneo, em longo prazo ele se esvai.
É um ato de responsabilidade disciplinar uma criança. É tarefa dos pais estabelecerem os limites sociais e pessoais. É dever dos pais educar o filho para que ele seja atraente - socialmente falando - a ponto de outras crianças desejarem se tornar amigas dele. 🤚
“A disciplina correta requer esforço - na verdade, é praticamente sinônimo de esforço.”
Regras não inibem, elas ajudam
Existe uma crença ridícula que regras inibem a criatividade ilimitada e intrínseca das crianças. A literatura científica indica que, primeiro, criatividade além do trivial é absurdamente rara e, segundo, que limitações criteriosas facilitam, em vez de inibirem, a realização criativa.
As crianças não farão boas escolhas, de maneira natural e deliberada. Elas precisam de limites, pois estão dispostas a provocar os adultos enquanto exploram o ambiente social. Observar as consequências desses comportamentos permite que elas descubram os limites sociais. 🚧
As regras são necessárias, porém não podem ser muitas. Limite as regras. Depois, pense no que fazer caso uma delas seja quebrada. E para orientar a severidade da punição, utilize a força mínima necessária. “E qual é a força mínima necessária?”.
Eu não sei. Você que deve descobrir por meio da experimentação, começando com as menores intervenções possíveis. Pode ser que um olhar perfurante seja o suficiente para o seu filho, mas não para o de outra pessoa. E a depender, você poderá precisar aumentar a dose de força, mas faça isso aos poucos.
Disciplinar e punir
“Elas podem ser aplicadas consciente ou inconscientemente, bem ou mal, mas não há como escapar do seu uso.”
Recompensar o bom comportamento pode ser muito eficaz. O mais famoso dos psicólogos comportamentais, B. F. Skinner, foi um grande defensor dessa abordagem. E você pode ensinar praticamente qualquer coisa a qualquer um com essa prática.
É simples, primeiro descubra o que você quer. Depois, observe atentamente as ações das pessoas ao seu redor. Sempre que perceber qualquer atitude parecida com o que quer, vá e entregue uma recompensa (proporcional ao tamanho da ação). 💰
“Os pais devem recompensar as atitudes e ações que vão garantir o sucesso aos seus filhos no mundo fora da família, e usar ameaça e punição quando necessárias para eliminar os comportamentos que os levarão à infelicidade e ao fracasso.”
A utilidade das emoções negativas
Porém, não devemos somente nos pautar somente no uso da recompensa como forma de ensino. Precisamos aprender pois somos limitados e vulneráveis. Somos mortais. E não nos sentimos bem com isso. 💀
“Emoções negativas nos protegem, por mais desagradáveis que sejam […] Na verdade, sentimo-nos mais negativos com a perda do que bem com o ganho, ainda que de proporções equivalentes. A dor é mais potente do que o prazer e a ansiedade, mais do que a esperança.”
E todas essas emoções, positivas e negativas, devem ser equilibradas cuidadosamente entre si e cuidadosamente julgadas dentro de um contexto, mas todas são necessárias para continuarmos vivos e prosperando. Logo, é um ato de crueldade não utilizar qualquer possibilidade para ajudar nossos filhos a aprender.
A Bela Adormecida e a malevolência do mundo
No conto o Rei e a Rainha têm uma filha, após uma longa espera. Em homenagem a ela, planejam um grande batizado para apresentá-la ao mundo. O problema, é que não convidam Malévola (a representação do Caos). 🐲
Simbolicamente, isso quer dizer que os pais estão a superprotegendo construindo um mundo a seu redor isento do que é negativo. Isso não a protege, só a torna fraca. Então, Malévola invade o batismo, sentenciando a princesa à morte quando completar 16 anos, causada pela picada da agulha de uma roda de fiar.
Felizmente, um boa fada (a representação da Ordem) reduz a maldição para a inconsciência, que pode ser revertida pelo primeiro beijo do amor verdadeiro. Após a sentença, o Rei e a Rainha continuam com a sua estratégia de remover tudo de perigoso, mas, ao fazerem isso, deixam a filha ingênua, imatura e fraca. 👸
E então, no seu aniversário de 16 anos, um portal se abre no castelo, uma roda de tear aparece e Aurora fura seu dedo, caindo inconsciente. E, simbolicamente falando, ao fazer isso, ela escolhe a inconsciência e detrimento do terror da vida adulta.
“Algo existencialmente similar a isso […] ocorre com crianças superprotegidas que podem ficar devastadas ao primeiro contato real com o fracasso ou, ainda pior, com a maldade genuína, que não entendem ou não são capazes de entender e contra a qual não têm defesa alguma.”
Logo, existe uma grande provocação na (uma das) moral dessa história:
“Você pode disciplinar seu filho ou delegar essa responsabilidade ao mundo cruel e indiferente - e a decisão pela segunda opção nunca deve ser confundida com amor.”
Bons filhos, ótimos pais
E então, você disciplinou o seu filho. Foi capaz de saber a hora de usar a recompensa e a hora de usar a punição. Conseguiu estabelecer regras para que ele seja capaz de conviver em sociedade.
“Ele não é um fracote. Atrai o interesse das outras crianças e a apreciação dos adultos. Ela existem em um mundo em que as outras crianças a recebem e competem por sua atenção, e onde os adultos ficam felizes em vê-la em vez de se esconderem atrás de sorrisos falsos.”
Converse com alguém sobre o que o faz gostar e deixar de gostar dos seus filhos (de preferência, com seu cônjuge). Não tenha medo de admitir o que gosta e o que não gosta. E então, ao esclarecer verdadeiramente seu ponto de vista…
“Você assume a responsabilidade pelos erros que inevitavelmente vai cometer ao disciplinar. Você pode pedir desculpas quando estiver errado e aprender a fazer melhor.”
Se com todo seu amor e carinho por eles, você é capaz de deixar de gostar dos seus filhos, imagine as pessoas do mundo ao seu redor! Não deixe que seus filhos façam algo que faça você deixar de gostar deles.
Deixe sua casa em perfeita ordem antes de criticar o mundo
REGRA 6
Você é ressentido
O ressentimento é uma emoção valiosíssima, por mais que seja negativa, pois é capaz de nos dizer muito sobre nós mesmos. E ela é inerente a todos nós, todos somos ressentidos. A questão, é que muitos de nós não reconhece isso.
Os juízes da humanidade
Acredito que você já tenha ouvido falar do “Massacre de Columbine”. Um dos dois atiradores, Eric Harris, teve o seu diário publicado. E garanto que se o ler, você, no mínimo, sentirá um arrepio na nuca. Clique e leia por sua conta e risco. 😶
Existem muitas pessoas que concordam com Eric, que o mundo da experiência é insuficiente e mau. Para eles o Ser humano é desprezível. E o mundo seria lugar melhor sem ele.
A existência é um fardo extremamente pesado. Se você não reconhece esse problema, talvez esteja se escondendo sobre uma ignorância infantil. Talvez, esteja buscando o prazer irracional. Tolstói no final de sua vida, chamou a existência de “piada estúpida”.
Essa piada não motiva meramente o suicídio, mas o assassinato - em massa, geralmente seguido de suicídio. Esse é um protesto existencial muito eficaz. Os autores da história de Caim e Abel entenderam isso há mais de 20 séculos atrás.
Questionando o Ser
“Sempre que experimentamos a injustiça, real ou imaginária; sempre que nos deparamos com a tragédia; sempre que experimentamos o horror e a dor de nossas limitações aparentemente arbitrárias — a tentação de questionar o Ser e depois amaldiçoá-lo ergue-se sordidamente da escuridão.”
A vida é muito dura de verdade. Jordan diz muito que a vida é sofrimento, que estamos programados para a tragédia, a dor e a destruição. A vida é feita pra dar errado, nós que somos teimosos e a fazemos dar certo. As regras buscam nos ajudar na nossa árdua tarefa de tornar a existência menos trágica.🤨
“Se você está sofrendo — bem, isso é o normal. As pessoas são limitadas e a vida, trágica. No entanto, se seu sofrimento for insuportável e você estiver começando a se corromper, isso é algo sobre o que pensar.”
Vingança ou transformação
“Coisas verdadeiramente terríveis acontecem com as pessoas. Não é surpresa que elas busquem a vingança. Sob essas condições, a vingança parece ser uma necessidade moral. Como ela pode ser distinguida do clamor por justiça?”
As pessoas que experimentam o mal podem desejar perpetuá-lo (o que é compreensível, mas injustificável), dando o troco adiante. Mas também é possível aprender o bem ao experimentar o mal.
O desejo por vingança, também impede o caminho para outros pensamentos produtivos. T. S. Eliot retrata ambas essas questões de maneira formidável em sua peça The Cocktail Party. 🥳
De quem é a culpa?
A culpa é sua por ter esse sorriso… Descanse em paz, Marília. 🖤
Uma das personagens está conversando com um psiquiatra sobre sua profunda infelicidade. Ela diz ter a esperança de que todo seu sofrimento seja sua própria culpa. Surpreendente, não? Ela havia pensado longa e profundamente sobre isso e havia chegado à seguinte conclusão:
“Se fosse culpa dela, ela poderia fazer algo a respeito. No entanto, se fosse culpa de Deus — se a própria realidade fosse falha, estabelecida para garantir sua miséria —, ela estaria perdida. Não haveria como mudar a estrutura da própria realidade. Porém, talvez ela conseguisse mudar a própria vida.”
Arrume sua vida
Você arrumou sua vida?
Pare 🛑
Se a resposta for não, tente isso: comece a parar de fazer o que você sabe que é errado. Comece hoje. Você consegue saber que algo é errado ou certo sem saber o porquê. Seu Ser inteiro pode lhe dizer algo que você não consegue nem explicar nem articular. Somos complexos demais. (Já vimos isso na regra 4).
Talvez, você seja o culpado.
“Não culpe o capitalismo, a esquerda radical ou a iniquidade de seus inimigos. Não reorganize o estado até que você tenha ordenado sua própria experiência. Tenha um pouco de humildade. Se você não pode levar paz para sua casa, como ousa tentar governar uma cidade?”
Que tal, ao invés de culpar o mundo pelo seu sofrimento, você assumir a p**** da responsabilidade? Se faça essas perguntas: “Eu contribui pessoalmente para alguma catástrofe de sua vida? Se sim, como?”; ”Será que consigo parar de cometer esses erros agora?”; “Consigo, agora, reparar os danos causados pelos meus erros passados?”. 🤔
Se você é incapaz de arrumar a sua cama, como você acha saber que sabe a maneira ideal de diminuir a pobreza? De frear o aquecimento global? Como você quer mover o mundo se não move nem a si mesmo?
Depois de um tempo..
Após alguns meses e anos de esforço, sua vida vai se tornar mais simples e menos complicada. Você será mais forte e menos ressentido. Vai parar de fazer com que sua vida seja desnecessariamente difícil.
“Então, só lhe restarão as tragédias cruas da vida; porém, elas não mais serão pioradas pela adição de amargura e falsidade. Talvez você descubra que sua alma está muito mais forte do que estaria de outra forma, e consegue aguentar as tragédias remanescentes e inescapáveis.“
Talvez você se torne uma força ainda mais poderosa para a paz e tudo aquilo que é bom. Talvez você então veja que se todas as pessoas fizerem isso, nas próprias vidas, o mundo pode parar de ser um lugar ruim. Após isso, com um esforço continuado, talvez possa até deixar de ser um lugar trágico.
Quem sabe como seria a existência se todos nós decidíssemos lutar pelo melhor? Deixe sua casa em perfeita ordem antes de criticar o mundo.
Halfway
2/4 DE CONCLUSÃO
O que me fascina na escrita e raciocínio do Jordan Peterson, é que ele é capaz de associar conhecimentos de diferentes áreas do saber. E o mais importante, é que ele se posiciona de maneira autêntica. Como eu trouxe no início do resumo, ele reconhece (ainda bem) que ele não é o detentor da verdade universal.
O que ele está propondo com o seu trabalho é a visão dele de décadas de prática clínica associada ao conhecimento de grandes figuras do passado, grandes clássicos da literatura (clássica ou contemporânea), estudos científicos e até mesmo teologia.
Chegamos ao fim da 2ª parte (e da 1ª metade). Te vejo no próximo domingo! 👋
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